A educação certamente foi um dos setores mais impactados pela pandemia do coronavírus. Escolas dedicadas ao infantil até aquelas que oferecem variados cursos de especialização precisaram se adaptar ao ensino remoto e digital em um curto espaço de tempo.

As observações sobre novos formatos de estudos, no entanto, já vinham sendo feitas bem antes da pandemia, bem como a noção dos estudantes sobre o papel da educação formal e informal, a jornada de aprendizagem e as melhores formas de estudar. A empresa inglesa de educação Pearson, realizou a pesquisa Global Learner Survey, na qual mapeou a percepção dos estudantes sobre o impacto da pandemia na educação e as expectativas perante o futuro da aprendizagem.
Feita com sete mil pessoas de 16 a 70 anos, em sete países – sendo mil entrevistados no Brasil – a pesquisa descobriu que 90% dos alunos creem que o formato online permanecerá daqui em diante. Ainda, 80% acreditam que os ensinos fundamental, médio e superior sofrerão mudanças drásticas após a pandemia.
Entretanto, um dos destaques do levantamento mostra a expectativas dos estudantes em relação às universidades. Entre os brasileiros, 88% acreditam que as instituições de ensino superior não estão preenchendo as necessidades dos universitários, que defendem um método de ensino mais prático na hora de ensinar para o mercado de trabalho. Por esse motivo, a confiança no ensino profissionalizante está crescendo: 68% dos brasileiros afirmam que este tipo de formação oferece mais chances de levar a um bom emprego e uma carreira de sucesso.
Para Denis Sá, cofundador da Enjoy Inglês Profissionalizante, o momento atual é de extrema importância para escutar as necessidades dos jovens perante a educação, e o que eles precisam para continuar sempre neste caminho. “Estamos vivendo o ápice da modificação do entendimento sobre o ciclo de conhecimento. Para as gerações mais velhas, é comum pensar que depois de adultos paramos de estudar”, explica. “Isso não existe mais, por isso a percepção de educação muda. Todo mundo entende que é necessário se manter estudante a vida inteira”, conclui Sá.