Você sabia que somente 9% da economia reutiliza os materiais? Mas temos boas notícias para te dar, pois o cenário da Economia Circular no Brasil é positivo!
A sustentabilidade não é uma onda passageira. É cada vez maior o número de empresas que buscam meios de produção e práticas internas que causem menos impactos no nosso planeta. Nesse sentido, cresce no mundo todo a prática chamada de Economia Circular.
Mas o que é Economia Circular?
Diferente da chamada Economia Linear, na qual uma empresa tira da natureza a matéria-prima para produzir algo que será comprado, consumido e, posteriormente descartado, a Economia Circular visa a redução, reutilização, recuperação e reciclagem desses materiais, e a energia utilizada em sua produção. Ela substitui o conceito de ‘fim-de-vida’ da economia linear pela reutilização e reciclagem.
Ao empregar novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação de maneira integrada, a economia circular ganha status de elemento chave na dissociação entre o crescimento econômico e o aumento no consumo de recursos e matérias-primas que o planeta é capaz de produzir. Uma relação até então tida como imutável.

Cenário da Economia Circular
De acordo com um relatório sobre economia circular da Circle Economy (entidade apoiada pela Organização das Nações Unidas – ONU), divulgado durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, em 2019, somente 9% da economia global é circular. Isso significa que se reutiliza menos de 10% das 92,8 bilhões de toneladas dos materiais usados em processos produtivos.
Economia Circular no Brasil
Mas no Brasil, segundo uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), cerca de 76,4% das indústrias brasileiras adotam alguma prática de Economia Circular, mas 70% delas nunca tinham ouvido falar do tema. O levantamento revelou que a indústria brasileira tem avançado, especialmente, em práticas como reuso de água, a reciclagem de materiais e a logística reversa.
Ainda segundo a CNI, o Brasil tem tudo para ser uma referência mundial em Economia Circular no setor industrial, com alguns segmentos já bem avançados como o de cimento, por exemplo. Atualmente, as produtoras de cimento substituíram o chamado coque – subproduto do refino de petróleo, utilizado como fonte de energia na produção de cimento, por resíduos naturais, como cascas de frutas e sementes. Atualmente, o nível de substituição do coque por resíduos chega a cerca de 17% e a projeção é chegar a 55% até 2050, conforme dados da CNI.
Impulsionada pelas novas gerações, que se preocupam com o futuro do planeta, a Economia Circular tem potencial para mudar completamente o modo como produzimos e consumimos todo tipo de produto e até serviços, desde o delivery de comida até de commodities, como água, luz e internet. E isso exigirá uma nova postura, tanto das empresas quanto das pessoas.
Quem ficar para trás dessa tendência, verá que a grama do vizinho será mais verde.