90% de executivos não sabem lidar com a pandemia
A pandemia que assola o mundo, se contata no fim de 2019, e que teria o cenário atual, até os mais pessimistas diriam que o tema era enredo de filme de ficção científica. Mas a realidade provou o quão frágil é o mundo, maior fragilidade se observou nos executivos diante do coronavírus.
De acordo com a pesquisa do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) cerca de 90% dos executivos de 205 companhias nacionais não estavam preparados para lidar com crises do porte do covid-19.

Além do despreparo dos líderes, as empresas também não tinham planos para gerenciar crises. O profissional que atua nesse segmento ganhou destaque nesta temporada e de acordo com Denis Sá, cofundador da Enjoy Inglês Profissionalizante, desde a fundação da franquia, ele sempre teve a preocupação em manter um olhar severo na identificação de crises dentro do seu negócio e também nas áreas de economia, política e saúde. Quando começou o isolamento social, o executivo que tem como foco de negócio adolescentes de 11 a 18 anos das classes C, D e E, sendo que alguns deles não tem acesso à internet, imediatamente redefiniu a forma de oferecer conteúdo. “A escola imprimiu apostilas e entregou na casa de cada aluno”, explica Sá. “Sempre tivemos um plano B para atender o aluno que pudesse ficar impossibilitado de comparecer fisicamente nas unidades. Apenas ampliamos a demanda”, explica o executivo.
Outra mudança, que prova que o gestor de crise que tem habilidade ressignificar o desafio foi com relação ao conteúdo. “Na quarentena, incluímos ensinar palavras que as pessoas do mundo inteiro estão usando para falar sobre o vírus, prevenção, transmissão e confinamento, é uma das melhores estratégias para praticar inglês e gerar interesse nos estudantes” afirma o fundador da marca.
Mas gerenciar crises não é apenas ficar atento aos movimentos mundiais, a pesquisa mostrou que apenas 28% das organizações tinham um plano estruturado de gerenciamento de crise. “Essa pandemia com certeza surpreendeu a todos, mas isso não isenta o executivo de estar preparado, ter planos de contingência, pelo menos para os principais tópicos do seu negócio”, diz.