Além de acelerar o uso da tecnologia, a crise ajudou as pessoas a terem um contato mais confortável com o uso de plataformas digitais. Finalmente todos estão entendendo que a conectividade é necessária para toda a vida. Se a crise durar por anos, o mundo será forçado a alternar entre relações presenciais e virtuais, tornando comum o uso de ferramentas tecnológicas para a educação.

O embate sobre a internet e o ensino tradicional divide opiniões, mas existe um jeito de misturar os dois mundos. Em uma aula de matemática, por exemplo, há alunos que se destacam mais que outros. Com a tecnologia é possível que cada aluno aprenda no seu tempo, possibilitando os professores à acompanhá-los durante o desenvolvimento e preparar aulas presenciais personalizadas para ajudar os alunos com mais dificuldade.
No Brasil, uma em cada quatro pessoas não têm acesso à internet, preocupação que deve rondar governos, empresas privadas e companhias de telecomunicações. Investir em uma infraestrutura de acesso não é barato, mas é um custo baixo comparado ao prejuízo de não investir e levar conexão às pessoas, não apenas eleva a proposta acadêmica, como também provoca impacto econômico.
Vale ressaltar que o modo de ensino atual não está totalmente ultrapassado e ainda funciona. É um sistema que precisa ser aprimorado para servir a mais pessoas. A crise atual, por mais difícil que seja, coloca um holofote na necessidade de tornar flexível o tempo e o espaço dentro da educação.
Para Denis Sá, cofundador da Enjoy Inglês Profissionalizante, matemática, leitura e escrita são tão importantes hoje como sempre foram. “É essencial ter um pensamento crítico, que se adquire também com álgebra e geometria. Com a internet, as pessoas são capazes de processar cada vez mais informações, sempre filtrando o que é verdadeiro ou não. E precisam saber se comunicar, não só pela fala, mas por e-mail ou por um texto num blog. Desta forma, o meio digital ganha total destaque e importância”, conclui Sá.