Em tempos marcados pelas redes sociais como carros chefes de propagação de notícias é importante entender três conceitos em alta: fake news, pós-verdade e deepfakes – falsidades profundas.

Fake news é a informação intencionalmente tomada por erros ou falsidades, emitida e reproduzida para construir uma narrativa e atingir determinado objetivo. Pós-verdade significa uma situação em que os fatos objetivos são menos influentes na formação da opinião pública do que teses comprovadas. Aqui o importante é a verdade individual, que desmente o fato comprovado. E por fim, as deepfakes são as manipulações levadas ao extremo, com a intenção de tornar difícil, até mesmo impossível, a percepção de que o material foi adulterado e não corresponde à verdade.
Mas o que fazer quando essas falsas e irresponsáveis realidades chegam no universo da educação? Na era do “eu difusor”, os jovens precisam estar atentos na dimensão do que isso representa e do tamanho prejuízo a ser gerado quando a ferramenta é usada de forma errada. Agora, mais do que nunca, é necessária uma educação que os ensine a navegar de forma consciente.
As escolas não podem julgar que não possuem papel essencial neste cenário. Uma das formas das instituições de ensino contribuírem na luta contra a propagação de notícias falsas, é a implementação da chamada media literacy, que consiste em usar uma variedade de mídias para entender o que a informação quer passar. Em um nível mais avançado, é a habilidade de exercer uma análise crítica sobre a mensagem passada, instigando o leitor a fortalecer seu pensamento crítico, questionar, analisar e avaliar a informação. O método de media literacy já está sendo utilizado em escolas ao redor do mundo.
Denis Sá, cofundador da Enjoy Inglês Profissionalizante, diz acreditar que “as pessoas precisam ter noção de responsabilidade sobre o que propagam e consomem na internet”. O empresário completa: “É preciso saber identificar os contornos de uma notícia e isso deve, sem dúvida, ser trabalhado também nas escolas e graduações e não apenas na família e na sociedade. Com isso, a educação se torna cada vez mais um dos pilares de responsabilidade para atingir essa meta”.