Na era pós-Covid, um papel imprescindível a ser desempenhado pela educação será o de desenvolver nos alunos algumas habilidades para ler o mundo de forma mais reflexiva, e produzir ou compartilhar conteúdos sabendo o peso da responsabilidade. O desafio daqui para frente é o de aplicar a educação midiática nas escolas, um movimento que, dentro de quaisquer disciplinas, ensine o estudante como ler, perceber e trabalhar as informações e entender a natureza da mídia.
A educação midiática e informacional ajuda os jovens estudantes a navegar pelos mares conturbados e perigosos da desinformação, uma vez que os seres humanos estão conectados por informações, mídias e tecnologias. É por meio da atuação das escolas na hora criar soluções digitais que se torna possível enfrentar as ameaças das fake news.

Em outubro deste ano, a Unesco promoveu um evento com o tema “Resisting Disinfodemic: Media & Information Literacy for everyone & by everyone”, que consistiu em um chamado para que a população resista à desinformação, e aprenda a lidar com o fenômeno da infodemia, termo apresentado pela OMS que aponta a emergência de nos preocuparmos com o excesso de informações sobre o coronavírus que circulam constantemente, e não possuem provas ou fontes confiáveis.
De acordo com Denis Sá, cofundador da Enjoy Inglês Profissionalizante, já passou da hora de assumirmos que a missão da educação midiática, apesar de começar nas escolas, precisa ir além dos muros da educação e também deve ser abraçada por todas as partes da sociedade como influenciadores, jornalistas, filósofos, médicos e youtubers. “Como sociedade, nós ganhamos quando o acesso a informações confiáveis ajuda a população na hora de tomar decisões conscientes, e nos beneficiamos quando a comunicação se torna a chave para o debate pacífico”, conclui Sá.