A conta dos dez meses sem aulas presenciais no Brasil já fechou e está sendo cobrada. De acordo com uma pesquisa realizada pela FGV, a partir de dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), devido a paralisação das aulas e a falta de acesso à internet, os estudantes brasileiros que compõem as turmas do 5º ao 9º ano podem retroceder em até três anos o aprendizado em matemática e quatro anos em língua portuguesa. Em 2020, os alunos do ensino médio podem ter deixado de aprender 72% a menos do que normalmente aprenderiam em um ano normal.

Muito se discute sobre a reabertura das escolas no país e como fazer para que o ensino não seja deixado para trás. Ao redor do mundo alguns países conseguiram contornar a situação e deixaram experiências positivas para outras nações superarem este desafio. O manual “Lições da Covid-19 para a Educação” lançado em dezembro pela Organização para a Cooperação e desenvolvimento Econômico – OCDE, listou três frentes de algumas iniciativas construtivas para a educação:
1- Perda de aprendizagem:
Alguns países da Europa investiram no incentivo e na esquematização de planos de ação para a recuperação e consolidação do aprendizado. Em Portugal, as instituições de ensino são obrigadas a participar deste programa, seguindo o roteiro feito por cada colégio para orientar todo o ensino durante 2021. No Reino Unido, o governo contratou 600 professores e 300 assistentes para auxiliar tanto os alunos do final do ensino médio, quanto os alunos desfavorecidos de todas as idades.
2- Atenção a pessoas e processos:
Na Eslovênia, o governo orientou os professores para que desenvolvessem mecanismos de aprendizagem individual para os alunos com defasagem no conhecimento, criando assim um ambiente flexível para esses métodos serem implantados coletivamente. Já a Irlanda apostou em um processo mais cooperativo para unir e aumentar o engajamento dos estudantes, além de optar por aulas ao ar livre para cuidar do bem-estar dos jovens.
3- Formação e capacitação dos professores:
A Coreia do Sul elaborou uma espécie de comunidade virtual com dez mil professores, cada um deles auxiliando uma ou mais escolas de várias regiões do país, para impulsionar as práticas de ensino à distância. Na Colômbia, os coordenadores do Programa Todos a Aprender orientam o trabalho de 4,5 mil professores da educação infantil para ajudá-los no ensino online, além de auxiliar aqueles que necessitam melhorar suas habilidades.
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