Ao entrar em uma sala de aula, seja na escola ou na universidade, é comum encontrar os alunos 100% focados no celular e ignorando completamente o professor. Você já parou para refletir no quanto isso te influencia? Foi neste pensamento que Albert Bandura, psicólogo canadense e professor na Universidade de Stanford criou a teoria da aprendizagem social, que analisa a forma que os indivíduos causam efeitos – positivos ou negativos – uns nos outros quando o tema é aprendizagem.
Resumidamente, a teoria aponta a capacidade de reproduzir um comportamento observado. Este tipo de aprendizagem é diferenciado, pois se baseia na imitação e consequentemente no fato de que sem ela certos comportamentos dificilmente seriam aprendidos. O raciocínio ressalta algo que a sociedade deve levar em consideração: ao somar exemplos, ações e o estado mental de uma pessoa, é possível chegar a uma vertente de educação.

Os seres humanos aprendem coisas novas ao observar as ações dos outros e isso pode acontecer por meio da convivência diária dentro das instituições de ensino, interações com familiares e amigos, ou por meio da internet e redes sociais. Para exemplificar, pense na profissão em alta do momento: o digital influencer. Os influenciadores digitais incentivam constantemente os usuários da internet postando tudo o que fazem, rotina diária e os produtos que utilizam. Porém, a influência também pode estar inserida no cenário da educação, uma vez que os alunos vivem em um contexto no qual estão expostos a todo o tipo de ações externas que refletem as internas.
Na teoria, Bandura afirma que não devemos nos precipitar e pensar que as pessoas imitam tudo que veem, ou que as crianças vão apresentar atitudes agressivas pelo simples fato presenciar cenas de violência em casa ou na televisão, por exemplo. O professor explica que antes ocorrem pensamentos e existem mediadores que auxiliam a imitação ou uma resposta alternativa.