No universo acadêmico sempre existe aquela parcela de estudantes com preguiça de absorver o tempo de estudos que optam em ir atrás de um diploma falsificado. O livro “Degree Mills: The Billion-Dollar Industry That Has Sold Over a Million Fake Diplomas” publicado em 2012 pelo empresário e escritor John Bear, revelou que metade dos diplomas de PhD nos Estados Unidos eram fakes. Nove anos depois e este problema persiste, com cerca de 45 mil diplomas falsos emitidos por ano.
A ferramenta mencionada para agir contra a atitude ilegal é a blockchain, sistema que permite rastrear o envio e recebimento de informações pela internet. Basicamente, consiste em pedaços de códigos gerados online que carregam informações conectadas – como blocos de dados que formam uma corrente. Com essa tecnologia, as escolas, universidades, empregadores e órgãos públicos de educação conseguem criar redes conectadas, capazes de realizar um registro criptografado nos blocos e verificar a veracidade das informações acadêmicas na hora de preencher alguma vaga, analisando se o diploma é real ou não.

A credibilidade nesses blocos é tanta que o Conselho Americano para Educação recebeu verbas do governo no ano passado para estudar o uso da tecnologia. Aqui no Brasil, o Ministério da Educação solicitou que as faculdades privadas comecem a estudar o registro de diplomas digitais usando o blockchain.
Essas ferramentas não servem apenas como proteção, mas também como incentivo ao estudo. A Learning Coin, criada em 2019 pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial é um exemplo disso. Trata-se de uma criptomoeda que não possui nenhum valor e é inacessível fora das duas instituições, mas dá acesso ao aprendizado sobre a tecnologia blockchain em um ambiente livre de preconceitos. Já o BitDegree é uma plataforma que além de estimular os estudos, permite que os alunos sem muitas condições de pagar pelos cursos cheguem até o final das aulas para ganhar os tokens. Algumas universidades decidiram que os bitcoins adquiridos com o tempo podem ser usados para pagar as mensalidades.
Este é apenas o início do uso de blockchains na área da educação, mas os casos de utilização neste meio revelam um grande potencial. Desta forma, é essencial que as instituições de ensino e os órgãos públicos comecem a estudar mais a fundo esta vertente da tecnologia para que possa ser usada como uma aliada no combate dos preguiçosos acadêmicos.
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