Empresário de destaque e um dos fundadores do ensino a distância, Sal Khan, da ação Khan Academy afirma que após tudo isso passar, o modo de ensino adotado pelas escolas será muito diferente. Em entrevista à revista Exame, Khan contou um pouco do que espera para dias pós pandemia.

Sal Khan, da ação Khan Academy. A partir de um pequeno escritório em sua casa, Khan já produziu mais de 4.000 vídeo aulas que ensinam um amplo espectro de assuntos acadêmicos, com ênfase em matemática e ciências.
Abaixo alguns trechos da entrevista que está disponível no link https://exame.com/revista-exame/a-nova-educacao-sem-fronteiras/:
A pandemia do novo coronavírus vai impulsionar o ensino à distância?
A crise definitivamente acelerou o uso da tecnologia e fez com que as pessoas se sentissem confortáveis em usar as plataformas. Todos estão entendendo que a conectividade é necessária para a vida. Se a crise durar vários meses ou até anos, o mundo será um lugar onde as pessoas vão alternar entre relações presenciais e virtuais. Ferramentas tecnológicas para a educação vão se tornar convencionais.
No Brasil, uma em cada quatro pessoas não tem acesso à internet. Como lidar com esse obstáculo?
Essa precisa ser uma preocupação dos governos, de empresas privadas e de companhias de telecomunicações. Fornecer infraestrutura de acesso à internet não é barato. Em Nova York, dependendo da região, pode custar bilhões de dólares. Mas é um custo baixo comparado ao prejuízo de não fazer isso. É possível equipar um país como o Brasil com internet e computadores gastando até 20 bilhões de dólares. Pode parecer muito, mas não é quando comparado ao valor gasto em outras áreas. Levar conexão às pessoas não só eleva a oferta acadêmica como também gera um impacto econômico.
Na área da educação, o Brasil está no caminho certo?
Cada país tem seus pontos fortes e fracos. Sou otimista em relação ao Brasil por causa das parcerias locais que temos no país. Elas nos permitem crescer e auxiliar estudantes e professores.
O modo de ensino está ultrapassado?
Sim e não. Claramente funciona. Mas é um sistema que pode ser otimizado para servir a mais pessoas. Já existe uma flexibilização de tempo e espaço do ensino, especialmente nos mestrados e doutorados. A crise atual vai colocar um holofote nessa necessidade.
E quais são os desafios pela frente?
Há sempre mais a ser feito do que temos capacidade. Não buscamos o lucro, então existimos à base de doações. O desafio é angariar recursos para realizar todas essas coisas.
Na entrevista, o empresário também fala sobre o futuro da sua empresa, Khan Academy uma plataforma online, sem fins lucrativos e que disponibiliza conteúdos educativos para americanos. Além de abordar sobre a substituição ou não do método tradicional de ensino.
No Brasil, escola como a Enjoy Inglês Profissionalizante já vem se adaptando e construindo métodos aliados à tecnologia para ensinar os alunos a estudarem sozinhos. Com aulas da língua inglesa e cursos profissionalizantes nas áreas de Marketing Digital, Programação, Designer Gráfico e Administração, o modelo de negócio apresenta um método inovador de ensino que inclui computação, tecnologia e realidade virtual no aprendizado diário dos alunos.